Superando seus adversários,
Eduardo Calixto conquistou mais uma vitória para seu currículo, desta vez
venceu a Ultramaratona Bertioga-Maresias, 75 km de pura emoção, passando por
praias, estradas, trilhas e até mesmo serra (Serra de Maresias), que liga a
praia da Enseada, em Bertioga até a belíssima praia de Maresias, em São
Sebastião. Alguns adversários caíram pelo caminho, como Thiago José de Almeida,
que liderou parte da prova, mas acabou sentindo o desgaste e abandonou a
corrida, deixando mais fácil pra Calixto. Outro que acabou deixando a disputa
foi Agnaldo Sampaio, que sofrera de problemas estomacais, vomitando muito,
sendo forçado a abortar a busca pelo bicampeonato da prova, já que ganhou a
primeira etapa de 2008 (o primeiro campeão da categoria solo). A vitória de
Calixto veio com o tempo de 5 horas e 42 minutos, buscando a liderança nos
últimos 20 km, vencendo pela primeira vez no evento. Marcelo Avellar chegou em
segundo, com 5 horas e 46 minutos, seguido por José Nilson de Andrade em
terceiro com 5 horas e 50 minutos, Jorge Carneiro em quarto com 6 horas e 02
minutos e 01 segundos e Sinval Moreira em quinto, com o tempo de 6 horas e 02
minutos e 15 segundos, fechando o pódium masculino. No feminino, a vencedora
foi Cintia Franco, com 6 horas e 43 minutos. Minha participação na prova pode
ser resumida em duas fases: a primeira fase, do extremo bem estar, somado com
uma corrida segura, sem exagerar no ritmo; e a segunda fase, com um intenso mal
estar, mergulhado em enjoos e indisposição. Corri até o km 40 em um ótimo
ritmo, controlado por gps, hidratando e suplementando a todo momento. Estava
muito feliz por tal boa sensação, comentando com os integrantes de minha equipe
de apoio, que me acompanhava, disponibilizando-me tudo o que precisava, que
andava tudo perfeito. Quando de repente, sem aviso prévio, um forte enjoo
surgiu, mostrando que o vômito era questão de tempo, intensificado por uma
fraqueza assustadora. Naquele momento, sabendo que restavam 35 km de prova
(quase metade) refleti o que poderia fazer em tal situação. A melhor opção era
abandonar, pois não chegaria nem perto do tempo objetivado, que era abaixar
minha melhor marca na prova de 6 horas e 37 minutos, conquistada em 2011. O
esforço que faria pra prosseguir ir até o fim e cruzar a linha de chegada seria
imenso, devido ao meu estado físico, que mal conseguia correr, para quem sabe,
chegar antes das 8 horas de prova. Pensei em todo treino realizado, nos últimos
3 meses, todo investimento da minha equipe, disponibilidade dos integrantes,
deixando seus afazeres e dos quase 500 km percorrido de Ribeirão Preto até
Bertioga. Cheguei a conclusão que o mínimo que deveria fazer era cruzar a linha
de chegada e concluir o desafio. Fui acompanhado por um ciclista e um carro de
apoio até o km 60, quando encontrei meu irmão Pedro Luiz, que correu ao meu
lado, até a linha de chegada. Me arrastei até o final da prova, concluindo em 7
horas e 56 minutos ( no meu relógio deu 7 horas e 55 minutos), minha pior marca
em todas as edições participadas, mas sem dúvida, minha maior superação entre
elas, onde sem condições alguma, cheguei até o fim, finalizando o desafio.
Agradeço a minha equipe de apoio: Aroldo Costa Neto, Daniel Fantini, Danilo
Pasquale, Samuel Cestari, Minha cunhada Claudia e meu irmão Pedro, além de toda
família que ficou na torcida em Bertioga, que de alguma forma, me ajudaram a
seguir em frente, cruzando a linha de chegada, mesmo que fora do tempo
programado, mas não desistindo nunca. Obrigado meu Senhor Jesus, por estar em
minha vida, me protegendo de todos os males...Glórias a ti, Senhor!
quarta-feira, 23 de outubro de 2013
sexta-feira, 11 de outubro de 2013
Ultramaratona Rio de Janeiro - Fuzileiros Navais 24 Hrs - 2013
Em sua sexta edição, agora sem a
parceria da Corpore, aconteceu a conceituada Ultramaratona 24 horas dos
Fuzileiros Navais Cefan, uma das principais provas de 24 horas do país,
contando com fortes nomes do cenário nacional. Entre os principais nomes,
destacamos o tri-campeão Vanderley Pereira, atleta da equipe Acrimet,
acostumado a estar nos lugares em destaque do pódium desta prova (três vezes em
primeiro e uma vez segundo). Para fazer frente a ele, estava Marco Aurélio
Farinazzo, multi-campeão em diversas provas nacionais e internacionais, entre
ela Brazil 135 e Bad Water (sendo consideradas duas das três provas mais duras
do mundo), uns fortes nomes para vencer a corrida. Destacamos também Sebastião
da Guia, fuzileiro naval e ultramaratonista experiente, detentor de muitas
marcas superiores a 200 km em 24 horas, atleta da casa, possuidor de todos os
requisitos para vencer a prova. Porém, dentre todos esses currículos citados,
caíram por terra durante as intermináveis 24 horas, onde Elias Pereira Lacerda
terminou em primeiro com 214 km, Josias do Carmo em segundo com 208,8 km e José
Raimundo Barbosa em terceiro com 208,3 km, formando o pódium masculino (apenas
os 3 primeiros recebem troféu e premiação em dinheiro). Vanderley Pereira
terminou em quarto, fazendo uma grande estratégia durante a prova, implantando
um ritmo fraco no começo, ganhando posições no decorrer, estando nas primeiras
posições no final da corrida, como de costume, mas uma bolha em seu pé o
impossibilitou de brigar pelas primeiras posições, terminando a prova com 193
km rodados. Farinazzo e Sebastião da Guia abandonaram a prova. No feminino,
Denise Paiva, recordista feminina da prova, correu sozinha, sem adversária para
fazer frente e mesmo sofrendo com vômitos durante boa parte da prova, vencendo
com 193 km, seguida por Ana Luiza de Farias em segundo, com 180 km e Ana Márcia
Borges Gomes em terceiro, com 163 km. Os grandes atletas da equipe Acrimet
estiveram presentes na prova, com o já citado Vanderley Pereira, Maria Helena
Gastaldo, João Carrera, José Antonio “Parreira”, Dicler “Benevolente”
Agostinetti e meu irmão, Pedro Luiz Cianfarani. Maria Helena fez 64 km, terminando
em terceiro lugar em sua categoria. João Carrera, com seus 73 anos, percorreu
103 km, ocupando a segunda colocação de sua categoria. José Antonio Parreira, que vem treinando cada
vez mais nos últimos anos, concluiu a prova com 136,8 km, melhorando a cada
prova, servindo como treino para Brazil 135 do ano que vem, prova esta que
estará presente. Dicler Agostinetti, sentindo a falta de treino, decorrente a
uma viagem, onde ficou por quase 20 dias sem treinar, não rendeu como de
costume, terminando com 115 km. Já meu irmão, Pedro Luiz Cianfarani, fez uma
excelente prova, batendo seu recorde pessoal, que antes era 165 km, terminando
a prova com 167,6 km, mostrando que está cada vez melhor nas provas de longa
duração, prometendo muito empenho na próxima Brazil 135 e quem sabe abaixar das
35 horas. Pedro relatou que se sentiu confiante desde o começo, tendo a certeza
durante o decorrer da prova que conseguiria uma grande marca, devido ao
excelente treinamento que realizou para a prova e principalmente, a presença de
sua esposa, Claudia, que deu toda motivação e incentivo, essenciais para
conseguir tão bela marca, terminando em décimo lugar geral masculino e segundo
lugar em sua categoria, uma das mais difíceis entre todas (45 a 49 anos).
Parabéns a todos esses guerreiros, responsáveis por levar a ultramaratona a
diante, para que seja cada vez mais conhecida e respeitada.
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