quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

VENCENDO TODAS AS DIFICULDADES

Superando todas adversidades, dificuldades e principalmente, as novidades, Marco Aurélio Farinazzo sagrou-se o primeiro atleta a vencer a Br175. Grandes nomes estavam no páreo, mas a soma de dificuldades foi eliminando pouco a pouco, um por um, deixando o caminho livre para esse incrível atleta, que já havia vencido a antiga Br135 e também a tão falada Bad Water, prova de 217 km realizada nos EUA. Aproveitando o clima fresco da largada, como inovação seria noturna, os atletas que buscavam diretamente pela vitória usaram a baixa temperatura para imprimir um forte ritmo, buscando abrir uma diferença para administrar no dia seguinte. Mas ninguém esperava pela altíssima temperatura que faria no dia seguinte, afetando a grande maioria dos atletas, deixando muitos pelo caminho. Se guardar para a segunda madrugada, certamente foi uma excelente estratégia utilizada, dando aqueles que a utilizaram condições vivas de concluir os 281 km dentro das 60 horas estipuladas pela organização da prova. Após 41 horas e 43 minutos de prova, superando pouco a pouco as terríveis subidas, inclusive a tão falada Serra de Luminosa, Marco Aurélio Farinazzo, colocou mais uma vez seu nome na história da ultramaratona brasileira, ao vencer os 281 km da Br175, conquistando a vitória ao chegar na cidade de Campos do Jordão. O segundo colocado foi Eduardo Calixto, bi-campeão da extinta Br135, com o tempo de 46 horas e 02 minutos. O terceiro colocado foi Reinaldo "Tubarão" Bassit, após 48 horas e 56 minutos. Dos atletas que citei em textos anteriores, amigos que correriam a Br175, devido a bagunça ocorrida no final da prova, com mudanças de linha de chegada, má sinalização e etc, não descreverei suas participações, mas dou os parabéns a todos, desde aqueles que ficaram pelo caminho(meu caso) até aqueles que venceram as inimagináveis adversidades e chegaram até a linha de chegada estipulada. O único que descreverei será Pedro Luiz Cianfarani (meu irmão), que bravamente fez uma corrida cautelosa, se poupando no inicio, mantendo o ritmo durante todo tempo. A única vez que ele fez uma grande parada para dormir foi quando chegou em Paraisópolis, com 38 horas de prova, 217 km rodados. Sua parada durou por volta de uma hora, dormindo um pouco, recuperando sua energias, seguindo em frente, na busca pela tão temida Serra de Luminosa. Como já citei, a prova nos últimos 40 km virou uma bagunça, onde a organização da prova acabou mudando a linha de chegada, cortando alguns km. Pedro foi impedido de seguir com sua prova quando faltavam aproximadamente 9 km, com 52 horas de prova. Conhecendo meu irmão como conheço, tenho certeza que se faltassem mais 100 km, certamente ele seguiria sua corrida até cruzar a linha de chegada. Na classificação divulgada pela organização da prova, Pedro aparece com a 11ª colocação dentre os 100 atletas inscritos. Parabéns meu amado irmão, por mais essa prova de extrema valentia. Dentre erros e acertos, parabenizo a todos vocês, que enfrentaram todas essas dificuldades, sem abaixar suas cabeças, levando seus corpos e mentes ao extremo. Obrigado senhor Jesus, por todo esse aprendizado, uma grande lição a cada km de todo caminho... Tu és o caminho, a verdade e a vida!

domingo, 25 de janeiro de 2015

Br 135+ - Novos desafios a serem superados

Uma situação nova, normalmente, pode trazer uma certa apreensão para aquele que a vai enfrentar. A imaginação corre solta, na busca por saber como será tal situação. A Br 135+ não foi diferente, onde a distância foi alterada de 217 km para 281 km, tendo o percurso semelhante ao anterior, porém acrescentado teoricamente mais 64 km, no qual era anunciado por aqueles que conheciam o novo local como algo imensamente difícil, superando as dificuldades do trajeto tradicional já conhecido. Uma outra novidade na prova era o horário de largada, não sendo mais às 8 horas da manhã, mas sim às 20 horas, enfrentando de cara uma madrugada. A mudança de horário foi algo pouco observado pelos atletas, que se preocuparam em sua maioria com o aumento da distância e na necessidade de não chegar exausto nos 64 km do novo percurso. Se por um lado a largada seria com um clima fresco e sem a presença do sol, por outro lado, a maioria dos atletas estariam muitas horas acordados, devido a ansiedade pelo desafio, impedindo aqueles que acordaram pela manhã e aguardaram ansiosos pela hora da largada. Estava aí a certeza que a nova Brazil 135 Ultramarathon, que agora se tornara Brazil 175, seria uma outra realidade para aqueles que a enfrentariam. Se antes era algo difícil, agora seria extremamente difícil, onde a estratégia seria extremamente importante para aqueles que desejavam cruzar a linha de chegada antes das 60 horas.