Superando todas adversidades,
dificuldades e principalmente, as novidades, Marco Aurélio Farinazzo sagrou-se
o primeiro atleta a vencer a Br175. Grandes nomes estavam no páreo, mas a soma
de dificuldades foi eliminando pouco a pouco, um por um, deixando o caminho
livre para esse incrível atleta, que já havia vencido a antiga Br135 e também a
tão falada Bad Water, prova de 217 km realizada nos EUA. Aproveitando o clima
fresco da largada, como inovação seria noturna, os atletas que buscavam
diretamente pela vitória usaram a baixa temperatura para imprimir um forte
ritmo, buscando abrir uma diferença para administrar no dia seguinte. Mas
ninguém esperava pela altíssima temperatura que faria no dia seguinte, afetando
a grande maioria dos atletas, deixando muitos pelo caminho. Se guardar para a
segunda madrugada, certamente foi uma excelente estratégia utilizada, dando
aqueles que a utilizaram condições vivas de concluir os 281 km dentro das 60
horas estipuladas pela organização da prova. Após 41 horas e 43 minutos de
prova, superando pouco a pouco as terríveis subidas, inclusive a tão falada
Serra de Luminosa, Marco Aurélio Farinazzo, colocou mais uma vez seu nome na
história da ultramaratona brasileira, ao vencer os 281 km da Br175,
conquistando a vitória ao chegar na cidade de Campos do Jordão. O segundo
colocado foi Eduardo Calixto, bi-campeão da extinta Br135, com o tempo de 46
horas e 02 minutos. O terceiro colocado foi Reinaldo "Tubarão"
Bassit, após 48 horas e 56 minutos. Dos atletas que citei em textos anteriores,
amigos que correriam a Br175, devido a bagunça ocorrida no final da prova, com
mudanças de linha de chegada, má sinalização e etc, não descreverei suas
participações, mas dou os parabéns a todos, desde aqueles que ficaram pelo
caminho(meu caso) até aqueles que venceram as inimagináveis adversidades e
chegaram até a linha de chegada estipulada. O único que descreverei será Pedro
Luiz Cianfarani (meu irmão), que bravamente fez uma corrida cautelosa, se
poupando no inicio, mantendo o ritmo durante todo tempo. A única vez que ele
fez uma grande parada para dormir foi quando chegou em Paraisópolis, com 38
horas de prova, 217 km rodados. Sua parada durou por volta de uma hora,
dormindo um pouco, recuperando sua energias, seguindo em frente, na busca pela tão
temida Serra de Luminosa. Como já citei, a prova nos últimos 40 km virou uma
bagunça, onde a organização da prova acabou mudando a linha de chegada,
cortando alguns km. Pedro foi impedido de seguir com sua prova quando faltavam
aproximadamente 9 km, com 52 horas de prova. Conhecendo meu irmão como conheço,
tenho certeza que se faltassem mais 100 km, certamente ele seguiria sua corrida
até cruzar a linha de chegada. Na classificação divulgada pela organização da
prova, Pedro aparece com a 11ª colocação dentre os 100 atletas inscritos.
Parabéns meu amado irmão, por mais essa prova de extrema valentia. Dentre erros
e acertos, parabenizo a todos vocês, que enfrentaram todas essas dificuldades,
sem abaixar suas cabeças, levando seus corpos e mentes ao extremo. Obrigado
senhor Jesus, por todo esse aprendizado, uma grande lição a cada km de todo
caminho... Tu és o caminho, a verdade e a vida!
quinta-feira, 29 de janeiro de 2015
domingo, 25 de janeiro de 2015
Br 135+ - Novos desafios a serem superados
Uma situação nova, normalmente,
pode trazer uma certa apreensão para aquele que a vai enfrentar. A imaginação
corre solta, na busca por saber como será tal situação. A Br 135+ não foi
diferente, onde a distância foi alterada de 217 km para 281 km, tendo o
percurso semelhante ao anterior, porém acrescentado teoricamente mais 64 km, no
qual era anunciado por aqueles que conheciam o novo local como algo imensamente
difícil, superando as dificuldades do trajeto tradicional já conhecido. Uma
outra novidade na prova era o horário de largada, não sendo mais às 8 horas da
manhã, mas sim às 20 horas, enfrentando de cara uma madrugada. A mudança de
horário foi algo pouco observado pelos atletas, que se preocuparam em sua
maioria com o aumento da distância e na necessidade de não chegar exausto nos
64 km do novo percurso. Se por um lado a largada seria com um clima fresco e
sem a presença do sol, por outro lado, a maioria dos atletas estariam muitas
horas acordados, devido a ansiedade pelo desafio, impedindo aqueles que
acordaram pela manhã e aguardaram ansiosos pela hora da largada. Estava aí a
certeza que a nova Brazil 135 Ultramarathon, que agora se tornara Brazil 175,
seria uma outra realidade para aqueles que a enfrentariam. Se antes era algo
difícil, agora seria extremamente difícil, onde a estratégia seria extremamente
importante para aqueles que desejavam cruzar a linha de chegada antes das 60
horas.
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