segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

O QUE TE MOTIVA?

Na reta final de mais um ano, mais um ciclo que se fecha, inicia-se a rotineira auto análise de produtividade, nas mais diversas áreas, desde aquelas que dedicamos muito, até aquelas que mal dedicamos alguns segundos durante o ano todo. Como não poderia ficar de fora, a corrida foi um dos aspectos bem avaliados, desbravando não somente resultados, mas a fonte de todo esforço realizado, a MOTIVAÇÃO que me impulsiona a traçar metas e buscar os objetivos. Convivendo com vários tipos de atletas, desde os amadores, que buscam saúde e qualidade de vida, até aqueles que exalam performance, observo a diversidade de cada indivíduo quanto aos motivos que os conduzem ao seu alvo, seu sonho, verificando que cada ser que coloca um tênis de corrida e sai para correr, pertence a um universo totalmente paralelo, onde a competição na maioria das vezes não existe. Pessoas que pertencem ao mesmo grupo, vestem as mesmas cores, participam até mesmo das mesmas provas, mas que trilham caminhos totalmente diferentes, motivados por coisas tão pessoais que os colocam numa disputa contra si mesmo, onde superar seus obstáculos, vencer seus gigantes é a parte que mais importa. Quão maravilhoso é, observar uma pessoa sedentária, anos sem se exercitar, perceber a extrema necessidade de construir uma ponte que a livra da “vila preguiça”, levando-a ao “jardim saúde”. Tais pessoas colocam seus objetivos a mesa, banhadas de muito medo, mas envolvidos da mais pura euforia e intensa vontade, que para um “já praticante” é uma coisa corriqueira, simples, conseguir correr 10 km, de preferência sem caminhar. Percorrer esses 10 km e cruzar a linha de chegada, mesmo que imaginária, é uma valorizada vitória, para alguém que pouco tempo antes não conseguia nem ao menos caminhar rápido, pois já ficava ofegante, mas que deu um gigantesco e valorizado passo para uma vida saudável. Me deixa extremamente feliz observar aqueles que já estão em uma rotina intensa de provas e desafios, que já conhecem seus corpos, enxergam seus limites e buscam superá-los, com treinos cada vez mais intensos e desgastantes, nas mais diversas características, correr 5 km abaixo de 17 minutos, ou correr em 24 horas mais de 200 km. Para tais desafios, o esforço para quem deseja alcançar metas assim provavelmente vai ser elevado, abrindo mão de uma vida teoricamente normal, onde provavelmente o individuo vai ter que abrir mão de algum conforto ou mimo, seja ele descanso, ou um hábito alimentar, pagar o preço para se manter fisicamente em condições de alcançar seu objetivo e é exatamente nisso que a MOTIVAÇÃO entra na vida de um atleta, é o combustível que vai impulsioná-lo o mais próximo possível da linha de chegada de seus sonhos. Em toda minha vida como praticante de corrida, consigo ver as fronteiras de cada objetivo, cada estado que percorri para as mais diversas metas. No inicio, qualquer meta era extremamente atraente, principalmente quando não se levava uma vida tão saudável assim. Correr 10 km em menos de 40 minutos, por alguns anos foi meu principal objetivo, treinando, tentando, fracassando, persistindo e conseguindo, até mesmo fazer abaixo de 37 minutos, que para muitos é algo fácil de conseguir, mas para mim foi uma vitória. Entrar no mundo das ultramaratonas foi a coisa mais impensada que já fiz, sem refletir muito sobre o assunto. Na época, precisava de um grande desafio para me afastar das coisas nocivas da sociedade e percorrer 100 km me parecia uma boa opção. Foi uma longa jornada de treinos até chegar o dia da prova, conseguindo cumprir a distância em 11 horas e 17 minutos. A partir deste desafio, minha MOTIVAÇÃO era melhorar meus tempos cada vez mais, conseguindo fazer a mesma distância em 9 horas e 12 minutos, 1 ano depois. Mas hoje, verificando a vida como um todo, seguindo um caminho sólido, estreito e verdadeiro, minha maior motivação é viver uma vida saudável, que a corrida pode me proporcionar qualidade de vida, uma ferramenta para eliminar fatores de risco. É certo também que o corpo colhe conseqüências de anos de muito esforço e intensidade, acompanhado de muitas lesões que impossibilitam de traçar metas mais ousadas, alinhando cada vez mais minha MOTIVAÇÃO a pensar um pouco a frente, daqui uns anos, em ter uma vida saudável e poder contar um pouco das histórias que adquiri nessas corridas.E você, o que te motiva?

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Nossas Ultras Precisam Melhorar

Em meus 17 anos em que vivo participando de corridas de rua, 9 anos participando de ultramaratonas, a cada ano que passa, não sei o que esperar das provas que participo. Nas mais diversas provas, em várias características e níveis de dificuldade, me surpreendo com o que encontro, no quesito organização. Esse ano em especial, participei de várias que falharam em aspectos primordiais que tal prova propunha. Em textos anteriores, citei alguns erros de tais provas e não os citarei novamente. No último fim de semana, participei de uma prova em pista de atletismo, com distâncias de 25, 50 e 100 km. Provas duríssimas, independente da distância, onde encontrávamos atletas muito velozes nos 25 km e de extrema resistência nos 100 km. Seja qual fosse a distância, tais provas exigem um bom preparo para cada atleta vencer seus objetivos pessoais. Horas e horas dedicadas aos mais diversos treinos, desgastantes, numa rotina apertadíssima, onde o atleta normalmente abre mão de outro compromisso pra poder se dedicar ao treino. Por estar acostumado em participar de provas mais longas, resolvi mudar um pouco as características e fazer uma prova um pouco mais curta e rápida, escolhendo a prova de 50 km como meta, última prova do ano, para chegar na medida do possível, a meu objetivo de tal desafio. Buscando fazer um tempo não tão alto, resolvi melhorar minha velocidade, utilizando treinos de alta intensidade, desgastantes, na expectativa de somar velocidade na resistência que já possuo, fazendo treinos específicos para esses objetivos. Essa prova foi realizada em um clube de São Paulo, próximo a rodoviária do Tiete, bem estruturado e bonito, acolhedor aos que estiveram no evento. Após uma organização boa, atletas e equipes preparados, tudo que havia sido prometido aos atletas pela organização da prova estava sendo feito, parecendo que seria um desafio em que tudo correria bem, podendo nós atletas buscar nossas metas dentro da pista, eis que na metade da prova dos 100 km, bem perto do fim da prova dos 50 km, um erro de cronometragem, uma falha no sistema que registrava a volta dos atletas aconteceu, não registrando mais as voltas daqueles que estavam dando seu máximo, perseguindo seus objetivos. A prova foi encerrada precocemente, antes do tempo que havia sido dado pela organização, pois não tinham condições de avaliar quando os atletas cumpririam as distâncias, inclusive os primeiros colocados. Achei que tinha visto o pior do evento no sábado, mas quando eles divulgaram a classificação, meu coração de atleta e treinador foi ao chão, em ver o absurdo que estava aquela listagem. Meu nome aparecia em quinto lugar geral dos 50 km, onde realmente terminei, mas a distância estava 7 km a menos ao tempo registrado. Provavelmente todo o resto estava errado e até entendo o pedido de desculpas da organização da prova, mas é inadmissível publicar algo que se sabe que está errado, pois é certo que irá lesar alguém. Se ocorreu esse fatal problema, encontre outra solução, faça outra prova, resolva o problema, mas não celebre o erro. Uma empresa foi contratada pra fazer a cronometragem, oferecendo seu produto. Como alguém oferece um sistema de cronometragem para um evento sem ter certeza que tal sistema funciona? Faça um evento teste, sem cobrar inscrições, não em um evento onde todos treinaram muito, frustrando boa parte dos participantes.   

sábado, 5 de setembro de 2015

P4 UER e K21Extrema - Tirando da zona de conforto

Mesmo estando ausente nas ultras, nossas postagens não podem parar, pois as provas não param e os Ultraloucos estão sempre presentes, em vários pontos do país. No próximo domingo, dia 06 de Setembro, nossos guerreiros ultraloucos vão estar presentes na P4 Ultra Expedition Race, que será realizada na cidade de Passa Quatro, em Minas Gerais, com variadas distâncias, contendo provas de 15 km, 30 km e 60 km, passando por estradas de terra batida e trilhas, proporcionando grandes dificuldades e belíssimas paisagens, alem de uma opção de passeio, se tratando de um feriado. Destaca-se também no mesmo dia, a K21 de Extrema, prova de montanha do circuito K21séries, na cidade de Extrema, também em Minas Gerais, nas distâncias de 5 km, 10 km e 21 km. Nessa prova teremos mais um Tsunami Azul, invadida pelos muitos corredores da Nova Equipe Núcleo Montanha, que concorrerá como equipe com maior número de atletas inscritos. Liderados pelo treinador Emerson Bisan, os atletas da Nova Equipe vão encarar as dificuldades de frente, enfrentando cada dificuldade sem fazer expressão de choro, destacando que dificuldades nesse tipo de prova é muito comum, nas insanas subidas e descidas, trilhas difíceis de percorrer, onde cruzar a linha de chegada já é uma grande vitória. Ficarei na torcida, orando por cada Ultralouco ou Guerreiro Azul que estará em atividade nesse domingo, onde certamente estarão vencendo cada dificuldade que possa aparecer. Que Jesus Cristo possa iluminar cada um de vocês!

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Os Ultraloucos nos 235 km da Ultramaratona dos Anjos... veja como foi!

No dia 03 de julho de 2015, às 8 horas da manhã, deu-se o início da terceira Ultramaratona Internacional dos Anjos na cidade de Passa Quatro, num total de 235 Km pelos terrenos montanhosos da belíssima Serra da Mantiqueira.
Em 28 horas e 20 minutos conseguimos, dessa vez em quarteto, e que eu diria sem modéstia um quarteto fantástico, um brilhante quinto lugar. A equipe foi perfeita, com um misto de seriedade e descontração.
Formada pelo Gecier, Parreira, Pedro e eu (Dicler), todos sem exceção deram o máximo e quando não estávamos correndo estávamos apoiando de perto o atleta que se encontrava na estrada. Corremos o tempo todo sem parada, fazendo mudanças na estratégia conforme a variação do terreno em questão.
Quero destacar aqui a atuação do Pedrinho na Serra do Papagaio, um lugar de extrema dificuldade com um terreno muito irregular de subidas e descidas íngremes e escorregadias. Foram aproximadamente 30 Km em aproximadamente 4 horas.
Gecier, que mandou muito bem, correndo como um corisco, tanto nos aclives como nos declives.
Parreirinha que mesmo sem treinar foi muito bem, principalmente nas descidas, um verdadeiro rolo compressor.
Eu também me esforcei o máximo e consegui ir mais do que bem.
Os períodos de parada foram fundamentais para a recuperação da equipe e contribuíram para a melhor performance de cada um.
Já no trecho final, na subida da última montanha, avistamos a equipe que estava na nossa frente em quinto lugar. Estavam "quebrados" e conseguimos passar por eles com facilidade, atingindo assim o nosso objetivo. Terminamos assim, a prova no dia 04 de julho ao meio dia e vinte.
Foi uma prova feita com inteligência em que todos corremos com uma só estratégia, um só objetivo: o espírito de equipe em primeiro lugar. Sempre avante, sempre.


quinta-feira, 2 de julho de 2015

Ultramaratona dos Anjos Internacional - A próxima aventura!

Em mais um capítulo a ser escrito, os caçadores ultraloucos de aventura enfrentarão nesse próximo fim de semana, a Ultramaratona dos Anjos Internacional, prova terá a largada na cidade de Passa Quatro, em Minas Gerais, em estradas de terra “encravadas nas montanhas de Minas Gerais”. A prova contará com várias categorias, desde 25 km até 235 km, contendo até mesmo duplas e quartetos se revezando nos 235 km. Nos 235 km solo, teremos as categorias com apoio e sem apoio, tornando a prova bem mais difícil. Destaco a participação do quarteto Ultralouco, formado por Pedro Luiz Cianfarani, José Antonio Parreira, Dicler Agostinetti e Gecier Gomes, atletas acostumados a sempre encarar as maiores distâncias nos eventos, mas como uma forma de variar nas corridas, resolveram formar uma equipe e se divertirem nos 235 km. Animação e boas parábolas não vão faltar durante toda prova, onde certamente teremos sábias palavras de Dicler Agostinetti e interessantes parábolas por José Antonio Parreira, completados pelo bom humor de Pedro Luiz e Gecier Gomes. Na prova 235 km Solo, a Nova Equipe Assessoria Esportiva, equipe que represento, será representada por Eliseu Godoy na categoria com suporte e Edson Cavalcante, na categoria sem suporte, tarefa difícil para esses dois guerreiros, acostumados a enfrentar grandes desafios. Já na prova de 65 km, teremos um momento especial, onde alguns atletas da Nova Equipe, em comemoração ao aniversário de 65 anos da incrível ultramaratonista Tomiko Eguchi, vão comemorar a mesma distância de seus anos de vida, percorrendo a distância em homenagem a nossa querida e admirável amiga. Os responsáveis por essa comemoração serão Emerson Bisan, Luiz Fernando Martins, Tomiko Eguchi, Marisa Hashimoto e Carlos Huang. Certamente teremos grandes emoções, que dão até água na boca naqueles que não foram, mas com certeza estarão em oração ao nosso Senhor Jesus, para que todos estejam protegidos, cada um buscando seu objetivo, com muita saúde e força de vontade!

domingo, 7 de junho de 2015

Ultramaratona Bertioga Maresias 2015 - Mais um desafio a ser vencido!

Quando o relógio marcou 6 horas da manhã do dia 30 de maio de 2015, foi dada em frente ao forte na praia da Enseada, em Bertioga, a largada da categoria solo de mais uma etapa da Bertioga Maresias, prova já consagrada do litoral paulista. O céu estava aberto, prometendo um visual maravilhoso no litoral norte de São Paulo, alem de uma temperatura relativamente alta. Somando masculino e feminino, estavam inscritos aproximadamente 100 participantes, com vários atletas já experientes na prova, com muitos atletas da Nova Equipe, liderados pelo treinador Emerson Bisan, 13 atletas ao todo, deixando as praias do litoral norte azul. As demais largadas, dos trios, sextetos e octetos teriam um intervalo de tempo entre um e outro, necessidade do trânsito na Rodovia Rio Santos, que nos anos anteriores sofria com congestionamento pelos carros de apoio da prova, prejudicando ainda os turistas frequentadores das praias que a prova passava. A categoria solo foi vencida por Tales Camargo, fechando os 75 km em 6 horas cravadas, vencendo pela primeira vez a corrida. O interessante na vitória de Tales, foi que no meio da semana, em mensagens trocadas com o treinador Emerson Bisan frisou que terminaria a prova exatamente em 6 horas, concretizando sua afirmação com a vitória. A segunda colocação ficou com o brilhante Paulo Fonseca, esteve entre os melhores em mais uma edição do evento, sendo bi campeão em edições anteriores. No feminino, sem muitas novidades, Maria Claudia Souto venceu mais uma vez, fechando a prova em 6 horas e 51 minutos, terminando mais de uma hora na frente da segunda colocada. Entre os atletas da Nova Equipe, destaca-se Eliseu Godoy, que terminou a prova em 15º lugar geral masculino e segundo lugar na categoria acima de 40 anos. Pouco a pouco, os atletas da Nova Equipe foram completando os 75 km, dando um show na Bertioga Maresias com o grande número de atletas solo a completar a prova. Pra finalizar, minha participação na prova, considero satisfatória, sem muitas surpresas, imprimindo um ritmo regular durante todo percurso. Sem muita confiança nos dias antecedentes a corrida, resolvi não arriscar no ritmo, traçando a estratégia de sair mais lento com relação as edições anteriores, na expectativa de não sofrer com as dores em meu calcanhar esquerdo, que me atormenta a mais de um ano. Buscava manter o ritmo do início ao fim, fator que se cumprisse me dariam várias colocações na classificação geral. Em edições anteriores, por várias oportunidades, imprimi um ritmo forte, sofri com o desgaste e fiquei pelo caminho. Na realidade, não tinha nada a perder na prova. Contava com o super apoio do meu irmão Pedro Luiz Cianfarani e do amigo Ronaldo Marletta, atletas experientes que tinham a missão de auxiliar minha prova, na parte de suplementação, motivação e demais necessidades durante a corrida. Botei em prática a estratégia traçada, tendo muita paciência pra manter o ritmo, que no início parecia estar muito fraco, mas com o passar do tempo se tornara ideal para completar os 75 km. A suplementação foi cumprida a risca com o plano pré prova, consumindo tudo que havia sido pré estabelecido, dando ênfase na hidratação, muito importante nessa modalidade. Tudo estava correndo como o esperado, mantendo um ritmo linear, passando por todas as praias a serem vencidas, chegando finalmente na serra de Maresias, parte final da corrida. Um pouco antes da metade da serra, recebi a informação de um staff da prova que ocupara a 4º posição geral masculina e que o 3º colocado estava logo a frente, em difíceis situações físicas. Procurei não me empolgar, pois sabia que tinha muita prova pela frente, afinal, o que viesse seria lucro, pois em nenhum momento um pódium passou pela minha cabeça. Na sequência, fui ultrapassado por um atleta que estava num forte ritmo impossível de acompanhar naquela altura. Ao iniciar a descida da serra, ultrapassei o atleta citado pelo staff, ocupando na minha cabeça a 4ª colocação. Saindo na praia de Maresias, já avistava a linha de chegada, sentindo a sensação de meta alcançada, tendo ainda a expectativa de ficar entre os 5 primeiros. Ao cruzar a linha de chegada, fui anunciado pelo narrador como o 5º colocado, explodindo meu coração, de enfim terminar tal prova entre os 5 melhores. Mas quando estava entregando o chip, fui informado que havia ficado em sexto lugar, 1 minuto e 40 segundos atrás do 5º colocado. Minha alegria era a mesma, pois em momento algum antes de começar a prova passou pela minha cabeça em ficar entre os 5 primeiros, mas sim em fazer uma prova regular, num só ritmo, curtindo o visual e os muitos amigos. Meta alcançada... No fim da contas, fiquei em 6º lugar geral masculino, 1º na categoria de 00 a 39 anos, uma colocação honrosa devido aos excelentes atletas que disputavam a prova, com 6 horas e 44 minutos. Agradeço ao meu apoio, Pedro Luiz Cianfarani e Ronaldo Marletta, por toda ajuda durante toda corrida, vocês foram demais. Agradeço e parabenizo aos meus companheiros de equipe da Nova Equipe, tanto da categoria solo, quanto do revezamento, uma equipe de atletas de respeito, guerreiros que não desistem nunca. Parabéns a todo aquele que esteve presente, de alguma forma em mais este desafio. Obrigado Senhor Jesus, o único caminho pra salvação, aquele que me conduz pelas veredas dessa vida!

quinta-feira, 4 de junho de 2015

10 Milhas de Ribeirão Pires: Aventura e conquistas!

Domingo, dia 30 de maio de 2015, numa manhã nublada, chuvosa e fria, realizou-se a Prova 10 Milhas Trilheira de Ribeirão Pires, um dia após Roberto Cesar Cianfarani (Beto), irmão do nosso querido Pedrinho ter conseguido a sexta colocação no geral e primeiro lugar na categoria da Ultramaratona de Bertioga-Maresias. Sem dúvida serviu-nos de estímulo para a realização desta prova que apesar de curta, tinha obstáculos com subidas e descidas íngremes, muita lama, buracos, pedras, além de chuva e frio. Participaram dessa jornada a Dora, que obteve o terceiro lugar na categoria, de forma incansável. Melina e Tati, primeira e segunda colocadas, respectivamente, em suas categorias, conseguidas com muito esforço e dedicação. Foram brilhantes. Também estiveram presentes, Edu, que mesmo não conseguindo treinar muito, correu MUITO. Léleo sempre numa ascendente constante. Patrícia, voltando a correr muito bem, como nos velhos tempos. Andréa e Zé Carlos também terminaram a prova de forma exemplar e um parabéns especial para eles porque um dos amigos, o nosso querido Shinpei, acabou se machucando (teve uma torção de tornozelo) e eles ficaram com ele até que fosse socorrido pela organização da prova. Felizmente ele está bem e logo voltará a treinar conosco. A nossa querida amiga Luiza também esteve presente e optou por não correr devido ao mau tempo, pois vinha se recuperando de uma forte gripe. Ao mestre Agnaldo nosso muito obrigado. Este que vos fala, eu mesmo, Dicler, também correu mantendo um ritmo cadenciado e constante. Terminei bem. Apesar da desorganização dos organizadores da prova deu pra alegrarmos o fim de semana, com muita aventura e conquistas!

domingo, 24 de maio de 2015

Ultramaratona 12 horas de Piracicaba - Bem organizada e elogiada!

Se o objetivo principal do quinteto Ultalouco era participar de uma nova prova, que fosse bem organizada e propusesse ao participante condição de fazer seu melhor, podemos afirmar que ultrapassaram as expectativas, voltando de Piracicaba com a certeza que a ultramaratona 12 Horas, promovida pela Gaia Esportes, é uma prova que certamente nasceu para ser grande e que veio para ficar. As palavras de meu irmão, Pedro Luiz, é que o evento foi muito bem organizado, sendo oferecido tudo que havia sido anunciado nas informações pré-inscrição. Realizada num percurso de 1200 metros, no parque Rua do Porto, muitos alimentos e suplementos foram oferecidos durante toda prova, alem de massagem a todos os atletas e muito respeito e atenção. O clima favoreceu, com temperatura amena, esquentando apenas um pouco por volta do meio dia, poupando os atletas. Com tudo impecável em estrutura, só faltava os atletas representarem na pista e fazerem sua parte, buscando seus melhores nas 12 horas de prova. A curiosa vitória ficou com Ricardo Stefano, que chegou atrasado na prova, com todos os atletas a sua frente, pressionando-o a não poder errar o ritmo, nem muito fraco e nem muito forte, mas na medida, para dar resultado no final. E foi o que aconteceu, após uma prova consistente e homogênea, ocupando Ricardo Stefano a liderança na ultima hora, vencendo as 12 horas de Piracicaba. Meus amigos ultraloucos foram com o simples objetivo de rodar tranquilamente, fazer uma prova serena e ver nas últimas horas o que seria possível na busca por colocações. Ambos saíram de Piracicaba com premiações em suas categorias, subindo no Podium e colocando em seus currículos mais uma credencial. Dicler Agostinetti venceu a categoria 50 a 59 anos, mais uma vez liderando sua categoria, dando indícios que está bem fisicamente para as demais provas desse ano. No mesmo embalo, Lelio Esteves também chegou na frente, vencendo a categoria 60 a 69 anos, a cada prova evoluindo na modalidade. Outros dois que também ocuparam lugar de destaque foram Bruno Bolt Almeida e José Antonio Parreira, segundo e terceiro colocados respectivamente, na categoria 40 a 49 anos. Já Pedro Luiz Cianfarani, após meses com problemas no tornozelo, decorrência dos treinos da Br 135+ em janeiro, estava receoso, sabendo que para buscar uma boa posição na prova deveria superar muita dor. Após três horas de prova, Pedro pensou em desistir, devido suas dores aumentar cada vez mais. Mas ao observar que vinha crescendo na classificação, resolveu pagar o preço para buscar por um lugar no podium, a cada hora melhorando uma posição, conseguindo ocupar a 5ª colocação geral masculina, vencendo a dor e sendo premiado por isso. Parabéns a todos que estiveram em Piracicaba, buscando pela vitória, por novas provas ou apenas por divertimento e superação, todos são verdadeiros guerreiros, que representam essa louca modalidade, a ULTRAMARATONA!

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Movimentando o mundo das corridas

Após meses sem escrever, voltamos a relatar o que os ultraloucos enfrentaram e enfrentarão daqui pra frente, buscando superar as últimas trágicas provas, mal organizadas, que renderam muita dor de cabeça aos organizadores. É justamente nesse ponto que começo esse relato, frisando a necessidade que nós, ultraloucos, estávamos em buscar por provas diferentes, outras organizações, com formato diferente, uma variada no cenário. Embarcando nesse ponto, Pedro Luiz Cianfarani, Dicler Agostinetti, José Antonio Parreira, Leleo Esteves e Bruno Bolt vão encarar às 12 Horas de Piracicaba nesse fim de semana, que será realizada no parque da rua do Porto, prova que eles ainda não participaram, uma novidade para o quinteto. A busca nesse tipo de prova, como de costume, é se aproximar ou se possível ultrapassar a marca de 100 km, cada um brigando com seus limites, acima de tudo demonstrando muita garra, “beliscando” sempre um lugarzinho no podium. A prova terá categorias solo de 6 e 12 horas, alem de duplas, quartetos e octetos, deixando o ritmo mais intenso e a pista mais dinâmica. Também nesse fim de semana, será realizada a Ultramaratona das Keys 2015, na Flórida, EUA, onde Vanderley Pereira e Regina Gastaldo estarão participando, Vanderley na categoria 160 km e Regina na categoria 50 km. Vanderley, como de costume, tem grandes chances de voltar com a vitória. No último sábado, dia 09 de Maio, enfrentei uma prova diferente, que nunca havia participado, nas estradas de terra de Taiaçupeba, distrito de Mogi das Cruzes. O nome da prova era “o rei da montanha” e ainda era noturna, obrigando a todos os atletas usarem lanternas de testa, que não iluminavam muito, mas já ajudava um pouco. O percurso tinha alguns pontos de lama, que dificultavam as subidas e descidas. Foi minha primeira prova representando a Nova Equipe, assessoria esportiva que estou trabalhando. Fomos a equipe com maior número de participantes, recebendo pelo segundo ano consecutivo o troféu, liderados pelo treinador Emerson Bisan, que alem de treinador é um experiente maratonista e ultramaratonista. A prova tinha as distâncias de 3, 7, 14 e 21 km. Por fim, ainda consegui terminar os 21 km em terceiro lugar, para minha surpresa, tirando toda diferença que os outros atletas colocavam nas descidas, puxando nas subidas, dando certo no final. Ainda em Maio, estamos nos preparando para encarar os 75 km da Bertioga Maresias, no litoral norte de São Paulo. A Nova Equipe vem com 16 atletas na categoria solo, entre eles Emerson Bisan, Tomiko Eguchi, Luis Fernando Martins, entre outros, todos buscando alcançar a linha de chegada em Maresias, curtindo o visual belíssimo e se divertindo muito, numa grande festa. Alem dos atletas da categoria solo, a Nova Equipe terá vários atletas nos trios, sextetos e octetos, deixando as praias do litoral Norte totalmente azul. Pra fechar, desejo a todos que vão participar da Maratona Internacional de São Paulo nesse domingo, dia 17 de Maio, muita luz, prudência e força de vontade, o treino foi feito e espero encontrar todos na linha de chegada. Que Deus ilumine cada passo de cada participante, que acima de tudo, todos cheguem saudáveis, alcançando seus objetivos!

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Br 175 - Entre erros e acertos

Diante as chuva de reclamações quanto a organização da prova da Brazil 135+, ou Br 175, como já está sendo chamada, fica aqui a posição deste que escreve nesse blog, por amor a este esporte que praticamos e defendemos. Quando participamos de um evento, seja ele qual for, o atleta quer conquistar seus objetivos, em diversas dimensões, preparando-se para encarar aquilo que o desafio exige. Abrimos mão de vários fatores em nosso dia a dia, como fim de semana, companhia da família, almoços semanais, entre outras coisas, para treinarmos da melhor forma possível e alcançar o sucesso pessoal. A Brazil 135, diante sua história, vem sido conhecida pela sua extrema dificuldade para ser concluída, onde cada atleta para superar as intermináveis subidas eleva seus corpos ao extremo do extremo, virando madrugadas, encarando as situações climáticas, alem dos aclives e declives. Quando alguém cria coragem para enfrentar essa famosa prova, tem uma pequena consciência do intenso treinamento, físico e mental, que deverá ter para chegar até a linha de chegada. O valor da inscrição é outro fator que sensibiliza quem participa do evento. Uma prova que cobra mais de mil reais para participar de seu evento, leva ao inconsciente de cada atleta, de que teoricamente espera-se uma estrutura mínima, para suprir as necessidades do evento. Quanto mais se é dado, mais será cobrado. Os atletas participam da prova por livre e espontânea vontade, pagando o alto valor por opção, em querer pagar o preço, tudo para superar essa prova tão desafiadora. O mínimo que se espera é uma boa organização, para fazer jus ao preço pago. O valor da inscrição, como é divulgado pelos organizadores, é doado a instituições carentes. Mas isso não tira a responsabilidade dos organizadores de dar a mínima estrutura aqueles que pagaram tais inscrições. Erros podem acontecer, como aconteceram na edição inaugural dos 281 km de 2015. Entender tais erros seria sinônimo de grandeza por parte dos atletas, mas críticas construtivas somente acrescentariam na evolução da prova, para nas próximas edições, não aconteçam e o atleta não tenha álibi para se justificar. As redes sociais viraram campo de batalha aos que foram contra e aos adeptos da prova, perdendo a educação, com discussões intermináveis, mensagens agressivas, acusações, levando aos organizadores cancelarem sua página no facebook. Os atletas devem ter mais educação nas críticas e os organizadores devem ser mais humildes e admitir seus erros. Quanto ao episódio da atleta que ganhou a categoria feminina e foi desclassificada por ter dado a mão ao seu marido durante uma foto, destaco como extremamente trágico. Passei pela mesma situação em 2013, onde muitos atletas mandaram suas reclamações a prova para me desclassificar, devido estar no regulamento a proibição de contato físico do atleta com qualquer pessoa. Se está no regulamento, ela e eu desrespeitamos a regra, logo devemos ser penalizados. Uma coisa foi fato, ela venceu a categoria feminina, e tal desclassificação não mancha a vitória dela, mas sim a prova. As regras da prova devem ser revistas, para não ter tal situação e destruir a história construída durante tantos anos pelo evento. Muitos atletas quebram outras tantas regras, durante toda prova, onde muitas vezes os organizadores ficam sabendo e nada é feito. A regra deve ser para todos, independente do país que o atleta vive ou grau de amizade.  Que nós, atletas, venhamos ser mais compreensivos... e vocês, organizadores, sejam mais profissionais, respeitem os atletas que pagam por essa inscrição tão cara e que querem apenas alcançar seus objetivos.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

VENCENDO TODAS AS DIFICULDADES

Superando todas adversidades, dificuldades e principalmente, as novidades, Marco Aurélio Farinazzo sagrou-se o primeiro atleta a vencer a Br175. Grandes nomes estavam no páreo, mas a soma de dificuldades foi eliminando pouco a pouco, um por um, deixando o caminho livre para esse incrível atleta, que já havia vencido a antiga Br135 e também a tão falada Bad Water, prova de 217 km realizada nos EUA. Aproveitando o clima fresco da largada, como inovação seria noturna, os atletas que buscavam diretamente pela vitória usaram a baixa temperatura para imprimir um forte ritmo, buscando abrir uma diferença para administrar no dia seguinte. Mas ninguém esperava pela altíssima temperatura que faria no dia seguinte, afetando a grande maioria dos atletas, deixando muitos pelo caminho. Se guardar para a segunda madrugada, certamente foi uma excelente estratégia utilizada, dando aqueles que a utilizaram condições vivas de concluir os 281 km dentro das 60 horas estipuladas pela organização da prova. Após 41 horas e 43 minutos de prova, superando pouco a pouco as terríveis subidas, inclusive a tão falada Serra de Luminosa, Marco Aurélio Farinazzo, colocou mais uma vez seu nome na história da ultramaratona brasileira, ao vencer os 281 km da Br175, conquistando a vitória ao chegar na cidade de Campos do Jordão. O segundo colocado foi Eduardo Calixto, bi-campeão da extinta Br135, com o tempo de 46 horas e 02 minutos. O terceiro colocado foi Reinaldo "Tubarão" Bassit, após 48 horas e 56 minutos. Dos atletas que citei em textos anteriores, amigos que correriam a Br175, devido a bagunça ocorrida no final da prova, com mudanças de linha de chegada, má sinalização e etc, não descreverei suas participações, mas dou os parabéns a todos, desde aqueles que ficaram pelo caminho(meu caso) até aqueles que venceram as inimagináveis adversidades e chegaram até a linha de chegada estipulada. O único que descreverei será Pedro Luiz Cianfarani (meu irmão), que bravamente fez uma corrida cautelosa, se poupando no inicio, mantendo o ritmo durante todo tempo. A única vez que ele fez uma grande parada para dormir foi quando chegou em Paraisópolis, com 38 horas de prova, 217 km rodados. Sua parada durou por volta de uma hora, dormindo um pouco, recuperando sua energias, seguindo em frente, na busca pela tão temida Serra de Luminosa. Como já citei, a prova nos últimos 40 km virou uma bagunça, onde a organização da prova acabou mudando a linha de chegada, cortando alguns km. Pedro foi impedido de seguir com sua prova quando faltavam aproximadamente 9 km, com 52 horas de prova. Conhecendo meu irmão como conheço, tenho certeza que se faltassem mais 100 km, certamente ele seguiria sua corrida até cruzar a linha de chegada. Na classificação divulgada pela organização da prova, Pedro aparece com a 11ª colocação dentre os 100 atletas inscritos. Parabéns meu amado irmão, por mais essa prova de extrema valentia. Dentre erros e acertos, parabenizo a todos vocês, que enfrentaram todas essas dificuldades, sem abaixar suas cabeças, levando seus corpos e mentes ao extremo. Obrigado senhor Jesus, por todo esse aprendizado, uma grande lição a cada km de todo caminho... Tu és o caminho, a verdade e a vida!

domingo, 25 de janeiro de 2015

Br 135+ - Novos desafios a serem superados

Uma situação nova, normalmente, pode trazer uma certa apreensão para aquele que a vai enfrentar. A imaginação corre solta, na busca por saber como será tal situação. A Br 135+ não foi diferente, onde a distância foi alterada de 217 km para 281 km, tendo o percurso semelhante ao anterior, porém acrescentado teoricamente mais 64 km, no qual era anunciado por aqueles que conheciam o novo local como algo imensamente difícil, superando as dificuldades do trajeto tradicional já conhecido. Uma outra novidade na prova era o horário de largada, não sendo mais às 8 horas da manhã, mas sim às 20 horas, enfrentando de cara uma madrugada. A mudança de horário foi algo pouco observado pelos atletas, que se preocuparam em sua maioria com o aumento da distância e na necessidade de não chegar exausto nos 64 km do novo percurso. Se por um lado a largada seria com um clima fresco e sem a presença do sol, por outro lado, a maioria dos atletas estariam muitas horas acordados, devido a ansiedade pelo desafio, impedindo aqueles que acordaram pela manhã e aguardaram ansiosos pela hora da largada. Estava aí a certeza que a nova Brazil 135 Ultramarathon, que agora se tornara Brazil 175, seria uma outra realidade para aqueles que a enfrentariam. Se antes era algo difícil, agora seria extremamente difícil, onde a estratégia seria extremamente importante para aqueles que desejavam cruzar a linha de chegada antes das 60 horas.