quinta-feira, 28 de abril de 2011

Nosso Mascote Acaba de Nascer


Assim como todo grupo desportivo possui um símbolo representativo, os “ultra loucos” também arrumaram um mascote para estar presente nas ultramaratonas pelo Brasil. A idéia foi disponibilizar em nossas camisetas e blog um logotipo que representasse nossos ideais sobre essa modalidade que tanto amamos. O nome “ultra loucos” vem do quanto somos loucos pela ultramaratona, buscando desafios extremos a nossos corpos, mesmo que as vezes alguns desses desafios cheguem a ser quase impossíveis de serem executados. Nosso mascote será um camelo, animal perseverante e resistente, que mesmo sem ter a velocidade como sua principal característica, resiste a altas temperaturas durante grandes distâncias. O símbolo a ser escolhido estava entre “o camelo” e o personagem de desenho animado “pica pau biruta”, botando nosso grupo de amigos corredores em uma votação, tendo o primeiro como vencedor. O responsável pela criação do desenho vencedor foi José Boin Neto, publicitário e maratonista, que conseguiu encaixar num desenho, um animal tão valente e resistente, como todo ultramaratonista. Que seja bem vindo nosso mascote!!!

segunda-feira, 25 de abril de 2011

100 KM da Praia Grande


Os indícios da semana antecedente aos 100 km da Praia Grande foram confirmados no dia da prova. A alta temperatura com um céu aberto, totalmente sem nuvens, foi concretizado durante quase todo tempo nas 250 voltas a serem cumpridas na pista de atletismo no litoral sul paulista. Aquilo que já seria difícil sem muito calor, percorrer 100 km antes de 12 horas, tornou-se ainda mais complicado, exigindo ainda mais dos super-atletas que buscavam a conclusão da prova. A prova contou com as categorias duplas e quartetos, revezando entre as equipes, apimentando ainda mais o ritmo da categoria solo.
A prova foi vencida por Vanderley Pereira, com 8 horas e 7 minutos. Lutando pela segunda colocação, Sinval Moreira e Mauro Rosa travaram uma bela batalha. No final, as pouquíssimas paradas de Sinval fizeram a diferença, conquistando o segundo lugar, deixando para Mauro a terceira colocação. Na categoria feminino, nenhuma atleta conseguiu percorrer os 100 km, tendo Maria Claudia Souto a maior distância percorrida nas 12 horas limite de prova, percorrendo 95,6 km.
Os “ultra loucos” que lá estiveram se esforçaram ao máximo em busca da conclusão, mas não sendo possível completa-la, valendo o reconhecimento pessoal do esforço como recompensa. Dicler Agostinetti lutou até o fim, permanecendo todo tempo na pista, travando mais uma batalha com seu maior inimigo, o calor. Mesmo sem completar os 100 km, ele venceu essa batalha, pois em nenhum momento deixou a alta temperatura lhe obrigar a sair da pista, tendo 85 km de distância percorrida na décima segunda hora. Pedro Luiz (meu irmão) mostrou mais uma vez valentia, levantando-se de queda de rendimento, correndo contra o relógio, em busca da conclusão. Quase seu objetivo foi cumprido, percorrendo 92 km em 12 horas. Já minha prova foi algo totalmente frustrante, deixando um gosto amargo em minhas perspectivas. Com meu tradicional começo de prova lento, ocupava as últimas colocações dos inscritos. Com o passar do tempo, o calor aumentava, o ritmo dos adversários caia e o meu permanecia, ganhando pouco a pouco importantes colocações. Ao completar 6 horas de prova, havia percorrido quase 60 km, ocupando a décima primeira colocação. Sem sentir um desgaste preocupante, mantive o mesmo ritmo na sétima hora, quando parei para urinar, levando um grande susto. Um forte ardor no canal urinário, me levou a procurar imediatamente meu amigo Dicler Agostinetti, médico de profissão. Me questionou se alem do ardor a urina estava escura, que indicaria um futuro problema renal. No momento a cor realmente estava clara, mas na volta seguinte, resolvi tirar a limpo, parando novamente no sanitário, verificando que minha urina estaria cor de “coca-cola”. Dicler verificou a cor e me aconselhou a abandonar a prova imediatamente. Era como escolher entre meu orgulho de corredor e buscar um lugar entre os 5 primeiros ou meu indispensável rim. Era o fim da minha prova. Abandonei a prova totalmente inteiro, sem dores musculares, câimbras, ou minhas famosas quedas de pressão. Tive que por a razão na frente da emoção. Parabéns a todos que estiveram presentes nesse desafio tão duro e desgastante. Certamente alem de valentes, estamos dando um importante incentivo a esse esporte que tanto amamos, a ULTRAMARATONA. Até a próxima!!!!

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Está cheagando a hora - 100 km da Praia Grande

A poucos dias da 1ª ultramaratona 100 km da Praia Grande, litoral paulista, organizada pela Ultrarunner, os atletas finalizam seus treinos, recuperando seus corpos, no objetivo de estar 100% no dia da prova. Muitos atletas não tiveram o tempo necessário de recuperação e preparação, vindo de algumas provas desgastantes recentemente, como as 50 milhas de Campinas e as 24 horas da Aman, ambas no mês de março. A prova no litoral paulista será realizada nesse próximo sábado, dia 17 de abril, com largada às 7 horas da manhã, tendo o tempo limite de 12 horas para conclusão dos 100 km, que serão percorridos em uma pista de atletismo. Assim como no tênis, onde cada tenista tem seu tipo de piso de quadra preferido, na ultramaratona não foge a regra. Existem atletas que preferem provas em pista de atletismo, alguns gostam de provas na areia da praia, outros em terra batida com pedras, estradas e ruas de asfalto também estando no cardápio. Particularmente falando, classifico a prova em pista de atletismo como a mais difícil a ser percorrida, onde o estresse psicológico pode derrubar qualquer atleta, tendo a mesma visão durante todo tempo. A corrida em curva também é um forte determinante que pode dificultar a prova, sobrecarregando as “panturrilhas”, prejudicando os últimos quilômetros. Os atletas da “Ultraloucos” também estarão presentes nessa ultramaratona, prestigiando o evento, alem da busca pelo melhor desempenho pessoal de cada um. Vindo de uma recuperação de uma lesão provocada no fim de janeiro na Brazil 135 Ultramarathon, Dicler Agostinetti busca a conclusão dos 100 km dentro das 12 horas, levando em sua bagagem muita experiência adquirida nos últimos 4 anos de muita ultramaratona. Já José Antonio Parreira, ainda não tem sua participação garantida, se recuperando de uma implosão de cálculos renais, em meados de março, esperando a véspera da prova para ver se terá condições de enfrentar o desafio. Pensando nas provas mais longas nos próximos meses, meu irmão Pedro Luiz, pretende usar a prova como preparação em seus objetivos, como as 24 horas dos Fuzileiros Navais e Campinas e principalmente a Brazil 135 Ultramarathon, de 2012. Já este que escreve, pretende fazer uma prova tranqüila, sem causar muito estrago no corpo, objetivando a ultramaratona Bertioga-Maresias, no fim de maio. Independente de cada objetivo, é certo de que todos os atletas vão dar o máximo, buscando cada metro como fosse o último, entusiasmando e agitando a prova, que promete ser mais uma grande prova em nosso calendário. Boa sorte a todos.