sexta-feira, 23 de outubro de 2020

RETORNANDO AO PRESENCIAL

 Após um longo período sem provas, dispensando comentários sobre o terrível episódio que estamos vivendo pelo Covid19, estamos retornando com as provas presenciais. Creio que seja unânime o fato da concordância que precisamos adotar alguns procedimentos de segurança, pois a situação ainda existe, o vírus ainda circula, mas precisamos seguir em frente. Claro que encontramos pessoas totalmente contra, que não apoiam e nem incentivam o retorno, mas é claro que democraticamente essas pessoas podem ficar em suas casas, não sendo forçadas a participar. A grande dúvida (deste que escreve), são essas adaptações necessárias, tais protocolos de segurança, que podem deixar os regulamentos confusos. Independente do pré e pós prova, o regulamento fará grande diferença nesses eventos “experimentais “. Nesse sábado (24 de Outubro), teremos a UD Morungaba, evento de várias distâncias, tendo provas mais curtas, até ultramaratonas. Com tais protocolos de segurança já estabelecidos e orientados aos atletas, a expectativa é grande de um excelente  evento, seguro e de sucesso. Esperamos um grande sucesso no retorno das provas,  de todos os organizadores, em todo o mundo. Que haja bom senso de todos os envolvidos, para essa “nova realidade “ não perder o brilho dos nossos desafios. 

quinta-feira, 13 de agosto de 2020

Como surgiu a equipe Lost dentro dos Ultraloucos ( Rrsrsrs ) - Por Rodrigo Gurgel

Como é de tradição dos Ultraloucos de semana treinamos todas as terças e quintas a noite, juntamos a turma e saímos pelas ruas da nossa região do ABC e em um dos treinos quase na metade do treino aconteceu este episódio que criou de vez os Lost dos Ultraloucos, segue o relato do amigo "Rudrigo" para rir um pouco.

Eu e Melina paramos no parque em Santo André pra ir no banheiro. Aquele parque perto do shopping abc. Curva nos esperou. Quando sai do banheiro perguntei se ele tava ligado no caminho do grupo. Curva (Franquine que nasceu e vive até hoje na região por 60 anos ) responde que sim e que já tinha feito aquele percurso várias vezes rsrsrs . O danado do curva dizendo que sabia o caminho pegou um caminho completamente o contrário. Logo depois achei estranho e disse que deveríamos perguntar pelo menos onde estávamos. Mas curva disse estávamos certo e continuamos. Chegou uma hora que já estava até preocupado com nossa segurança porque o ambiente tava ficando pesado. Até que perguntei pra uma pessoa onde estava o shopping abc. O espanto da pessoa foi tão grande que não tive a menor dúvida que estávamos completamente perdido. Nisso a gente já tinha passando quase 1 hora correndo perdido. Depois de ir perguntado ao povo na rua conseguimos nos achar. Nessa já estávamos mortos de cansado. Quando vi o táxi parado na rua não tive dúvida que era uma boa opção. Ainda estamos muito longe da Academia Italy onde se encontrava nosso ponto de encontro, quando chegamos de táxi na academia foi uma mistura de preocupação que em seguida se transformou em uma enorme gozação nos chamando de equipe Lost. rsrsrs

Quando chegamos na academia já tinha um monte de gente do grupo de banho tomado. Acho que curva confundiu o norte com  o sul. Porque pegamos o caminho completamente oposto do grupo rsrsrs. A gente correu muito nesse dia e para ajudar meu tênis estava novo. Depois dessa corrida já passou pra meia vida rsrsrs

 

 


terça-feira, 7 de julho de 2020

24 horas Virtual Ultra Runner - 27 e 28 de junho

Sem provas presenciais resolvemos aderir as provas virtuais e a escolhida foi uma de 24 horas , mas invés de ficar correndo no mesmo local decidimos de início dar uma volta por nossa região do ABC, a chamada volta de Ribeirão Pires com seus 50 km aproximadamente e só depois correr em volta de um quarteirão nas proximidades de nossas casas com 1.500 m.

Segue 2 relatos a seguir, um da volta de Ribeirão Pires escrito pelo Estagiário Filipe e outro das 24 horas pelo grande amigo Dicler.


Volta de Ribeirão Pires

Há algumas semanas atrás recebi o convite do Pedrinho para fazer as 24 horas virtuais, desafio que ele, Dicler e Parreira haviam abraço fazer no final de junho diante da falta de provas que estamos tendo nos últimos meses devido à pandemia.

A largada seria às 10h do dia 27, um sábado, e terminaria no domingo às 10h, e o “primeiro tempo” deste desafio seria fazer a Volta de Ribeirão.

Acabei decidindo por fazer a Volta de Ribeirão apenas, pois era um treino que já estava cobrando o Pedrinho para fazer desde o ano passado e fazer as 24 horas, ainda não me sinto preparado, levando em consideração também que meu fortalecimento nestes tempos de quarentena não é dos melhores.

Me preparei durante as semanas que vieram, fiz, duas semanas antes, 42,26 kms de máscara em um outro desafio que me propus a fazer, debaixo de muito sol e, além dos treinos mais longos, durante a semana fazia os treinos entre 15 a 12 kms de terças e quintas.

Na semana que antecedeu o desafio, fiz 23 kms no domingo debaixo de muito sol e 17 kms na terça. Não treinei na quinta para poupar as pernas. Porém, nesta semana, na quinta já começou a mudar o tempo e a chover sem parar...

A sexta foi inteira chuvosa e de madrugada não parava de chover, comecei a pensar que poderia não acontecer mais o desafio, mas mesmo com muita chuva, somos os Ultraloucos...

Acordei às 8h20 no sábado e a chuva nada de dar trégua... o Pedrinho confirmou que haveria o desafio e até me aconselhou a ficar em casa porque eu tinha dito que minha mãe estava preocupada por causa da chuva, mas, pensei comigo, se sou O Estagiário deles, tenho que ser em qualquer situação!

Fui até a casa do Dicler encontrar eles, fizemos um vídeo para registrar o início do desafio e enviar ao Fernando da Ultra Runner e a chuva apertou mais ainda.

Levei minha Mochila de Hidratação que ainda não havia usado, corta-vento e todo o necessário para aguentar o frio e a chuva. Detalhe importante é que eu nunca tinha feito um longão com chuva.

Partimos às 10h e a chuva nos castigando, em poucos minutos já estavámos encharcados, minha camisa grudando no corpo, meia toda molhada, mas em poucos kms já estava acostumado com a situação, pelo menos não estava frio.

Pegamos a Anchieta e nela o desafio dos caminhões passando e jogando água na gente, além do vento contrário, conseguimos superar e paramos num posto no Riacho Grande para o Pedrinho comprar água.

Seguimos pela Estrada Velha por mais alguns kms até cairmos na Rodovia Índio Tibiraçá, onde iríamos percorrer mais 15 kms embaixo de chuva e em meio a mata. A chuva já estava diminuindo, mas aquela monotonia típica de rodovia e as subidas, eram bastante desafiadoras. Em algumas subidas andamos, mas na maior parte do tempo conseguimos completar correndo.

Quando chegamos perto da entrada de Ribeirão Pires, a chuva finalmente deu uma trégua. Paramos num Posto de Conveniência, eu comprei um Pão de Batata com Requeijão e seguimos viagem.

Para esta volta, levei 4 cápsulas de sal, 3 geis, 2 doces de amendoim e 2 litros de água no Camel Back, e conforme o treino ia avançando, ia fazendo o uso dos suplementos de forma consciente e moderada.

Seguimos por Ribeirão Pires, Mauá e Santo André em uma reta interminável, um trecho bastante chato, pois sempre tinha que ficar esperando semáforo abrir, carro passar, até que finalmente chegarmos novamente na residência do Dicler, com o Strava batendo 52 kms.

Durante todo percurso senti algumas dores em cima do joelho e no adutor direito, dores que começam quando faço bastante quilometragem, e mais para o final, as panturrilhas começaram a fadigar, mas nada que impedisse de chegar correndo e ainda estar se sentindo bem para continuar se fosse necessário.

E assim, concluímos a Volta de Ribeirão com todos os requintes de crueldade possível, muita chuva, muito vento, muito frio, mas com aquele sorriso no rosto do dever cumprido e a certeza de que pros Ultraloucos, o impossível e limite são apenas palavras no dicionário.

Estou pronto para outra!

Filipe Robert Fontes
O Estagiário


24 horas Virtual - Por Dicler 

27 de junho de 2020, 10:00h da manhã.


Tem início a ultramaratona 24 horas virtual.
Cada um por si, atletas de norte a sul do Brasil.

Aqui em S.B.C., Parreira, Pedro e eu iniciamos a jornada de 24 horas juntos com o Filipe (O Estagiário) com uma chuva intensa, muito molhada e de gelar até os ossos; rumo aos primeiros 52 km (a volta de Ribeirão Pires).

Com 30 km de prova, aproximadamente, a chuva parou e o frio aumentou. Voltamos para S.B.C. após 7 horas de prova e após comermos um pouco e um ligeiro descanso, fomos para a Rua Aldino Pinotti, aqui na cidade, em um percurso de aproximadamente 1.500 metros (onde outros tantos corredores e caminhadores fazem seus treinos).

Nosso posto de apoio foi em minha casa que é perto do percurso. Lá estava a Consuelo que mantinha café sempre quentinho, alguns lanches, água e outros bons quitutes. De carro, circulava a Claudia com outras iguarias e uma deliciosa sopa que foi servida próximo das 22 horas, onde o frio se fazia muito intenso.

Depois das 23 horas até aproximadamente 6:00 h da manhã  do dia seguinte, só nós 3 na pista. Consuelo no apoio remoto e a Claudia fazendo apoio na pista, e nada mais. Silencio e frio, muito frio, garoa, as vezes mais fraca as vezes mais intensa. Uns poucos momentos de descanso. Não dava pra ficar parado, o frio congelava.

Na pista, só um objetivo, ir para frente, correr contra o relógio e contra o frio intenso.
Às 6:30h começa a amanhecer. Os primeiros corredores começam a voltar a seus treinos. Começa novamente a vida. O ânimo aumenta. Só faltam 3,5 horas para o término. Com a luz melhoram as energias. Agora falta pouco.

Três homens, três corredores, três Ultraloucos, um dando força para o outro. Na retaguarda Claudia e Consuelo quase 24 horas no ar.
Já são 10h da manhã de 28/06. Acabou. Vitória. Mais uma pro currículo.

Normalmente digo que para correr é necessário 70% de cabeça. Nessa prova precisamos um pouco mais.

Ganhamos da chuva, do frio intenso e do próprio pensamento.


quarta-feira, 20 de maio de 2020

POSSO TREINAR DURANTE A PANDEMIA? Veja o ponto de vista dos Ultraloucos

Quando o mundo foi surpreendido com o tema Coronavírus, o suposto estrago que ele causaria, abalou quase todos os pilares da sociedade atual. O medo era tamanho com o risco eminente em perder a vida, que inicialmente não se sabia como seriam nossos próximos meses e nossas rotinas. Com o crescente número de novos casos, várias orientações foram surgindo, em como sair de casa, o que evitar, os locais de maior risco de contágio, o desespero foi tomando conta das pessoas e tudo, aos poucos, foi parando. Até mesmo o viciante treino da galera, seja pra corredores, ciclistas, cross fit, marombeiros, tudo foi abalado. A grande pergunta era: treinar pode me prejudicar em meio a pandemia do Covid19? Claro que os “cavaleiros do Apocalipse”bombardearam as redes sociais, dizendo que treinar não era aconselhado, levantando várias teorias insanas, que só aumentavam o pânico nas pessoas e as afastavam de algo que lhe trariam benefícios, como atividade física. Mas logo profissionais da área, pesquisadores, cientistas, pessoas de bom senso, trouxeram de forma prudente e esclarecedora o benefício da atividade física nesse momento de medo, onde o emocional está totalmente abalado, pessoas trancadas dentro de suas casas, aumentando ainda mais a inatividade física e suas consequências. Foi orientado que a atividade física em intensidade leve a moderada, em volumes não tão altos ajudaria a estimular o sistema auto imune e assim estarmos mais fortes contra possíveis inimigos. A grande orientação era evitar aglomerações, contato interpessoal, entrar em contato com coisas que outras pessoas haviam tocado e não fora higienizado. Assim muitos lugares já foram descartados, como academias de musculação, cross fit, funcional e afins. As atividades ao ar livre e de preferência sozinho estava sendo indicado. Mas logo, mais uma vez, os “cavaleiros do Apocalipse “ vieram com mais novas teorias, sobre o caos e o fim dos tempos que a corrida poderia promover. Muitos estavam treinando literalmente no meio do mato, com contato zero com a civilização, onde o risco de tropeçar numa cobra era infinitamente maior do que qualquer vírus ou bactéria. Outros escolheram horários e circunstâncias que afastariam de qualquer contato pessoal, minimizando assim os riscos, segundo os especialistas. O ponto é que já estamos quase 3 meses nesse imbróglio e não sabemos quanto tempo mais vamos ficar. A atividade física faz sim, muito bem a saúde física e mental, ajudando muito nossos corpos e principalmente nossos ânimos, pra ajudar nessa batalha com tempo indeterminado. Mas é claro, falando de corrida, independentemente da estimulação ou supressão do sistema auto imune, não teremos, provavelmente, provas nos próximos meses, treinos exaustivos, alta intensidade não teria necessidade, seria somente riscos desnecessários de lesão, num calendário futuro indefinido. Os treinos devem seguir as orientações de não compor aglomerações, de preferência sozinhos ou num pequeno grupo. As regras de distanciamento também ajudam a diminuir o risco, seguindo as ordens de evitar contatos físicos e toda questão de higienização. Se podemos ser inteligentes e usar uma ferramenta ao nosso favor, de forma segura, por que não usá-la? O problema nunca esteve na corrida e sim no contato físico e próximo à outras pessoas, seguindo os procedimentos corretos o treino deve sim continuar!

segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

Força Caio - BR 135 - por Dicler


ULTRALOUCOS queridos,  muito obrigado. Sem a emanação da energia enviada por vocês, com certeza tudo teria sido muito mais difícil. Foram momentos de muita tensão,  com um calor de torrar os miolos,  subidas intermináveis onde vc acha que o inferno é  para cima, e quando você acha que tudo está ficando sob controle, São Pedro abre as portas do Céu e manda uma tempestade tal, que você se pergunta: o que é que estou fazendo aqui ??? 
A tempestade passa e a bonança não vem. Só  lama e mais montanhas . Já não consigo mais correr. Muitas dores pelo corpo e muitas bolhas nos pés. 
Devagar e sempre.  Passos de bebê. Desistir jamais. Consuelo dizendo: fica  tranquilo,  já deu tudo certo.  Tudo isso no pensamento e no coração. Pedrinho foi para frente. Parreirinha,  ombro a ombro. Um fortalecendo o outro. Muitos momentos de silêncio.  Foco no objetivo.  Nada mais.  O dia amanheceu,  agora já não falta muito.  Zitei aparece do nada,  dando-nos uma injeção de ânimo.  Estamos juntos. Logo aparecem Cláudia e Pedro,  dois incansáveis. Passos de bebê.....desistir jamais...... Acabou, venci, vencemos, mais uma. Beto querido,  meu irmão caçula,  muito obrigado. Consuelo querida,  muito obrigado.  Cláudia e Pedro, muito obrigado.  Parreira querido,  estivemos juntos toda a jornada. Muito obrigado.  Na corrida como na vida desistir jamais. Obrigado ULTRALOUCOS queridos.
Quero aqui dizer que um GRANDE amigo e irmão vem passando por uma prova de vida terrena que poucos passaram,  ou passarão.  Esse obstinado,  resolveu não desistir de seus objetivos,  na sua vida e na corrida. Gecier querido,  vc correu para a vida. Um VIVA a vida. Estamos juntos.