Em todos textos que já escrevi
relatando nossas provas, na maioria das vezes, enfatizei o forte calor como
principal potencializador das dificuldades das nossas ultramaratonas, porém,
descrevo desta vez que foi a chuva a principal vilã na 3ª edição das 24 horas
de Campinas, realizada nos dias 24 e 25 de Novembro, na Lagoa do Taquaral. A
temperatura começou agradável, mas logo nos primeiros minutos já tivemos a
primeira pancada de chuva, que durou apenas alguns minutos, dando espaço para o
sol, que não castigou muito, encoberto pelas inúmeras nuvens. A briga pela
vitória foi intensa, onde vários atletas buscaram desde o início a liderança.
Dentre eles, Oraldo Romualdo foi o que mais esteve em primeiro nas primeiras
horas. Quando aproximou-se da 12ª hora, caiu uma forte chuva, que mexeu
diretamente no andamento da classificação. Com a chuva, teve uma diminuição
drástica na sensação térmica da temperatura, afetando aqueles que enfrentavam a
mesma. No fim das contas, a vitória ficou mais uma vez com Ivan do Espírito
Santo, vencedor da edição de 2010, que não deixou seu ritmo de prova cair,
vencendo com 209 km nas 24 horas. No feminino, a vitória ficou com Gildiane
Souza Heusner, que rodou 188 km, ocupando o lugar mais alto entre as mulheres.
Entre os participantes da equipe Acrimet, Vanderley Pereira abandonou por
problemas físicos e Agnaldo Sampaio por indisposições físicas, deixando a briga
pela vitória mais reduzida. Regina Gastaldo e Maria Helena Gastaldo também
estiveram presentes, percorrendo 106 km e 57 km, respectivamente, rendendo o 3º
lugar na categoria para Regina. O excelentíssimo atleta, contador de parábolas,
José Antonio Parreira, mesmo sem uma preparação adequada, enfrentou as 24 horas
e percorreu 103 km, um incentivo para esse atleta que é exemplo de determinação
em suas provas. Já Dicler Agostinetti teve uma boa participação, permanecendo
por quase todo tempo na pista, terminando em 3º em sua categoria, rodando 141
km, o melhor da equipe Acrimet. Sofrendo com a forte poeira decorrente a areia
do chão da pista, Pedro Luiz Cianfarani sofreu com problemas pulmonares, sendo
intensificado ainda mais com a forte chuva que caiu, interrompendo sua prova
com a chegada da mesma, rodando as últimas 3 horas, finalizando com 98 km
rodados. Já minha prova(Beto Cianfarani) foi marcada por inúmeros problemas,
estomacais, intestinais e o principal, assaduras na virilha, que foram
prejudicadas ainda mais com a chegada da chuva, ausentando me 9 horas da prova.
No fim das contas, percorri 130 km, terminando em 5º na categoria. Obrigado a
todos que estiveram em mais este desafio e um obrigado especial ao casal Ana
Ramos e Paulo que nos deram suporte nas 24 horas ... bom fim de ano a todos e
nos vemos na Brazil 135 Ultramarathon 2013!
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