No dias 30 de Junho e 01 de Julho foi realizado o 1° festival indoor de ultracorridas de Campina Grande do Sul, no Paraná, organizado pela “Bora Corrê”. A prova foi realizada em uma arena de rodeios coberta, com cerca de 260 metros, os atletas percorreram várias categorias em uma mesma prova. Destacando a principal prova que foi realizada no evento, a categoria 24 horas foi, sem dúvidas, o ápice entre as provas, levando grandes atletas percorrendo seus limites, na busca pela vitória. A vitória ficou com Agnaldo Sampaio, que percorreu quase 194 km, liderando por quase todo tempo, sendo ameaçado de longe por Carlos Pereira de Rezende, que por sua vez percorreu 183 km, terminando na segunda colocação. Na terceira posição, Janderson Rodrigues percorreu 177 km, postando seu nome entre os primeiros. No feminino, a atleta vencedora foi Maria Jose Tomaz de Aquino, que com uma grande vantagem para as demais rodou 172 km, conquistando a primeira colocação. Maria das Graças Bernardino em segundo com 149 km e Elisete Pereira com 109 km na terceira posição, formaram as 3 primeiras no feminino. Pedro Luiz, rodando toda prova entre os primeiros, fez uma bela prova, perdendo algumas posições nas últimas horas, ocupando a 7ª colocação entre os homens, com 142 km, ficando em segundo lugar na categoria 40-44 anos. Em terceiro na mesma categoria, José Antonio Parreira fechou a prova com aproximadamente 82 km, terminando em 18° na categoria geral masculina. Também presente na prova, Dicler Agostinetti finalizou as 24 horas com 117 km rodados, ocupando a 14ª colocação geral masculina, terceiro na categoria 50-54 anos. Alem da dificuldade das 24 horas de prova, o frio foi algo que mais atormentou os corredores, que se equiparam para tentar inibir tal fator, peculiar de tal região. A todos que lá estiveram, parabenizo pelo esforço e dedicação, em mais esta prova, que mesmo nova no calendário nacional, permaneça e prospere por muito tempo entre os ultramaratonistas!
sexta-feira, 6 de julho de 2012
1º Festival Indoor de Ultracorridas de Campina Grande do Sul
quinta-feira, 21 de junho de 2012
ULTRAMARATONA 24 HORAS DE CAMPINA GRANDE DO SUL
Em meio a um calendário repleto de provas, que vem se adequando entre os organizadores, os atletas têm hoje provas para a escolha, diferentemente de um passado próximo, ficando até difícil de escolher em qual ultramaratona participar. Se por um lado é muito bom, por estarmos cheios de provas pra participar, por outro lado os eventos não estão com o número de participantes equivalentes com o esperado. Provavelmente os atletas vão se adaptar logo com as novas provas e com certeza escolherão as melhores a serem participadas. Estando no meio da temporada das principais provas nacionais, Pedro Luiz e Dicler Agostinetti estão se preparando para o FESTIVAL INDOOR DE ULTRACORRIDAS DE CAMPINA GRANDE DO SUL, nos dias 30 de Junho e 01 de Julho, onde participarão da categoria 24 horas. No mesmo evento, estará sendo realizadas provas de 12 e 6 horas, alem de uma maratona. No dia 30 de Junho, também terá as 6 horas de São Bernardo do Campo, organizada pelo respeitado ultramaratonista Carlos Dias, em sua segunda edição. Boa sorte a Pedro Luiz, Dicler Agostinetti e Agnaldo Sampaio, que assim como os dois já citados, também estará presente na prova de Campina Grande do Sul, buscando a vitória e a permanência na liderança no Ranking Nacional de Ultramaratonas. Boa sorte a todos em seus desafios, seja qual prova for!
sexta-feira, 27 de abril de 2012
II ULTRA DESAFIO 50 MILHAS - 2012
segunda-feira, 9 de abril de 2012
ULTRA DESAFIO 50 MILHAS CAMPINAS

quinta-feira, 15 de março de 2012
Ultramaratona 100 km da Praia Grande - 2012

Seguindo a sina, a Ultra Runner Eventos foi responsável por mais um sucesso na ultramaratona nacional, com a belíssima organização da segunda edição dos 100 km da Praia Grande, contando com muitos nomes consagrados, tanto nos 100 km quanto nos 50 km. A temperatura foi um show a parte, tendo um imenso calor no início da prova, com uma refrescante chuva no fim do dia, diminuindo a temperatura. A vitória ficou com Harry Serrão, surpreendendo a todos, abrindo uma grande vantagem para os demais concorrentes, completando os 100 km com 8 horas e 50 minutos, conquistando com muitos méritos a primeira posição. Um pouco mais de 11 minutos, Vanderson Luiz terminou em segundo lugar, tentando tirar a vantagem que Harry havia criado no decorrer da prova, não sendo possível chegar no vencedor. A terceira posição foi ocupada por Agnaldo Sampaio, seguido por José Nilton Soares em quarto e Raimundo Bernardo de França, na quinta colocação. No feminino, a primeira a colocada foi Maria Claudia Souto, com 9 horas e 47 minutos, vencendo mais uma prova no calendário nacional, em ótima fase, superando suas adversárias. A segunda colocada,
Priscila Ponce, vem tornando seu nome cada vez mais consistente entre as ultramaratonistas, superando os 100 km com 11 horas e 34 minutos, seguida por Simone Valentin, a última mulher a completar 100 km, com o tempo de 11 horas e 42 minutos. Nos 50 km, o vencedor foi o vice-campeão dos 100 km de 2011, Sinval Moreira, que enfrentou a prova mais curta, terminando a prova após 3 horas e 46 minutos, um forte ritmo aplicado no forte calor que fazia. Dalmo Jose Maquia foi o segundo colocado, com 4 horas e 10 minutos, um minuto a menos que Peter Vaz, que ficou em terceiro. No feminino, a primeira a concluir os 50 km foi Cleide Silva, 4 horas e 58 minutos, seguida por Carolina Machado com 5 horas e 23 minutos e Mariza Rodrigues, com 5 horas e 47 minutos, seunda e terceira colocadas respectivamente.
Pedro Luiz Cianfarani e Dicler Agostinetti também estiveram presentes nos 100 km, tendo a árdua tarefa de participar de tal ultramaratona tão intensa após encararem a Brazil 135 Ultramarathon, com pouco tempo de recuperação e preparação. Sentindo o desgaste físico, ambos corredores foram influenciados por tal desgaste e mesmo com muita garra não completaram os 100 km, tendo Pedro Luiz percorrido 86 km e Dicler 81 km, guerreiros que mesmo cansados lutaram até o fim. Pedro, relatou que uma forte dor na região da coluna lombar o impediu de aumentar seu ritmo, obrigando-o caminhar por várias ocasiões, tempo precioso que corresponderam na diferença dos 100 km. Parabenizo a todos os guerreiros presentes no evento, de alto nível, incentivando sempre a ULTRAMARATONA...Até a próxima!


quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
100 KM da Praia Grande

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
Brazil 135 Ultramarathon de 2012 - Relato por Pedro Luiz

Como já conhecia a prova e sei de suas dificuldades, procurei nos meses que antecederam traça – lá em minha memória, a fim de aproveitar os trechos que fui bem em 2010 e procurar melhorar os que assim julguei. E assim, na medida em que se aproximava a largada fui traçando passo a passo a prova na minha cabeça e é claro, treinando. Realizei muitos treinos em socorro, interior de SP, onde a topografia é bem parecida com o percurso da prova.
Chegado o grande dia e muito ansioso, estando bem preparado, aceitei o desafio em completa – lá em até 48hs e podendo contar com uma equipe de apoio nota 10 em todos os quesitos.
São eles: minha esposa Claudia, meu irmão Beto e o amigo do meu irmão e agora meu amigo Noboru.
Logo após a largada, em São João da Boa Vista, toda a ansiedade passou, dando lugar a uma grande vontade de deixar para traz os 217 km. Neste primeiro trecho até Águas da Prata, combinei com o apoio que não era necessário me acompanhar, se bem que só era possível num trecho, pois nesta parte nós entrávamos numa trilha dentro de uma fazenda, sendo impossível acompanhar de carro e logo no inicio todos os atletas estavam próximos, inclusive tinha a companhia de um amigo, Dicler, que também estava realizando a prova. Este trecho de trilha estava com muita lama, tornando um dos trechos mais difíceis da prova e os escorregões eram constantes, mas como ainda estava no inicio, a vontade falava mais alto, completando estes 19 km, dentro do programado. Então parti para o temido pico do gavião há 1700 metros de altitude e faltando uns 4 km para chegar ao pico que meu irmão começou a me acompanhar e sabendo

Estava pronto para chegar em Andradas, onde peguei um grande trecho de descidas com pedras soltas, sabendo que tinha que tomar cuidado para não cair e atrapalhar a corrida. Chegando em Andradas, fiz uma pausa e me alimentei, afim de me manter sempre com energia. Nesta altura já estava com 63 km e sabia que agora vinha a serra das Limas e pelo nome acho que não é necessário explicar mais. Parti sozinho deixando meu irmão fazer a pausa dele para almoçar e descansar um pouco, que antes mesmo da largada deixei claro para ele: ”Vou precisar de você amanhã que é quando começa a corrida de verdade”.
No meio de uma subida a caminho da Serra dos Limas a Claudia me acompanhou um pouco, mas o suficiente para carregar as baterias com um novo ânimo. Quando ela voltou para o carro, o Beto veio para o meu lado, só saindo no inicio da madrugada. Chegando a Serra dos Limas fiz mais uma refeição e conferi meu tempo que estava bem próximo do meu comparativo de 2010 com 77 km, ou seja, dentro da minha programação mental e que venha a cidade de Barra, a próxima da lista. Nas 4 cidades seguintes os intervalos entre elas são mais curtos, variando de 7 km a 15 km, diferente das 5 últimas cidades onde os intervalos são superiores a 20 km, mas vimos em frente uma pequena parada em Barra, abastecemos as garrafas de água, tomando um café quente, seguindo rumo a Crisólia e nessa hora pedimos para a equipe de apoio deixar separada as lanternas, pois a noite começara a cair, então pedimos para nos dar no caminho, mas nos esquecemos que neste trecho o carro não conseguiria passar...Claro, se fosse um 4x4 sem problemas, mas este não é nosso caso. Quando a noite caiu, estávamos o Beto e eu, apenas com uma lanterna de mão que carregava de reserva, chegando sem problemas em Crisólia. A estrada estava boa. Com uma breve parada nos abastecemos. Comi um lanche e seguimos para Ouro Fino, nesta parada já estávamos com 99 km.
Agora com as lanternas de cabeça foi bem mais fácil e com mais 7 km chegamos em Inconfidentes e foi nessa hora que reparei que havia adiantado 1 hora do meu tempo parâmetro de 2010 e sabia que neste próximo trecho até Borda da Mata, segundo minha programação mental, iria ganhar algum tempo. Então pedi para meu irmão ir para o carro para descansar, como tinha combinado que precisaria dele no 2º dia.
Parti para este trecho refletindo em tudo o que ficou para traz e em o que estava pó vir. Nessa altura já havia deixado para traz 115 km. Quando cheguei em Borda de Mata , estava com muito sono e ao encontrar meu carro de apoio, vendo que estavam todos dormindo e após acorda-los pedi para que me prepassem um lanche e na espera, deitei na calçada para relaxar, confesso que não sei se dormi ou desmaiei uns 5 min. Comi meu lanche e continuei minha jornada rumo a Tocos de Mogi, deixando para traz 137 km, tendo que ser forte e lutar contra o sono, sabendo que quando amanhecesse estaria bem melhor e nosso corpo entende que é hora de acordar (mas ainda nem dormi).
A Claudia me acompanhou até sair da cidade, depois retornou para o carro e continuei meu caminho, nos próximos raios de sol meu irmão saiu do carro e ficou comigo até a linha de chegada, mas ainda passamos por um probleminha desagradável. Uma assadura começou a incomodar, e nessa hora estávamos entre as duas cidades, ou seja, longe de tudo. Tinha que esperar a próxima cidade para comprar uma pomada a fim de aliviar o desconforto, mas perguntando para outro atleta que vinha com seu carro de apoio, nos forneceu um pouco de pomada para aliviar o desconforto.
Chegando em Tocos do Mogi, a primeira coisa foi providenciar uma pomada para uma emergência, depois tomamos um café com um biscoito mineiro, seguindo para Estiva, deixando para traz 153 km, mas estes trechos são muito difíceis, com inúmeras subidas intermináveis. Claro que todo caminho possui muitas subidas, mas de Borda da Mata até o final as Serras são maiores, sem contar com o cansaço. Mas tudo estava de acordo com minha programação mental, então deixando para traz duas serras enormes, cheguei em Estiva, me reabastecendo, como um macarrão, seguindo em frente. Foi quando falei para meu irmão: “Agora só faltam 42 km (uma maratona)”, ou seja, deixei para traz 175 km. Todos falam do pico do Gavião, mas confesso que este trecho, no meu ver, é um dos mais difíceis, com uma subida muito íngreme e longa... Interminável, mas passo a passo venci mais esta barreira e finalmente cheguei em Consolação, totalizando 195 km. Restando apenas 22 km, então comi um lanche, reabastecemos nossas garrafas e seguimos num dos poucos trechos asfaltados, por uns 4 km até entrarmos em uma estada de terra novamente e neste último trecho não era possível o carro nos acompanhar, então era o Beto e eu, até o fim.
Entramos neste último trecho e o tempo começou a mudar, formando uma chuva e abafando o tempo cada vez mais, que por sua vez cansumimos mais água fazendo-a terminar faltando mais da metade do trecho final e não avistamos nenhuma casa, para pedir água. Nessa hora, fiquei preocupado, pois acabara a água, faltando tão pouco e em uma subida avistamos um cano com uma saída de água, numa possível nascente no meio da mata. Sem pensar 2 vezes enchemos, nossas garrafas com uma água bem barrenta, mas assumimos o risco, não podendo ficar sem água, afinal, estava terminando e ambos estávamos cansados, sendo nesse momento que meu irmão deu sinais de queda de pressão, por sorte ele resolveu carregar um pacote de batatinhas, pois seria um trecho que estaríamos sozinhos. Mais adiante, logo a chuva que estava prometendo cumpriu sua previsão e lavamos nossas almas e em poucos minutos a temperatura caiu, ou melhor, despencou e começamos a sentir muito frio e ignorando tudo só pensava em terminar.
Ainda enchemos mais uma vez nossas garrafas, mas dessa vez a água era bem cristalina, mas também se não fosse não iria fazer diferença. Quando reconheci que estávamos quase terminando e olhei meu relógio e vi que estava com um tempo muito bom e que faria abaixo das 36 horas, apertei meu ritmo. Quando antes da prova, pensei que poderia baixar meu tempo de 39hs e 29 minutos de 2010, achei que seriam umas 2 horas a menos, mas quando vi que terminei antes das 36 horas, demorei a acreditar, já dentro da cidade de Paraisópolis, faltando uns 300 metros, nosso amigo Noboru veio a nosso encontro e mais alguns metros minha querida esposa Claudia também se juntou a nós para cruzarmos a linha de chegada com o maravilhoso tempo de 35 horas e 45 minutos, me emocionando muito.
É uma coisa muito bonita que nosso grande amigo e idealizador da BR 135, Mario Lacerda fez, de primeiro premiar nosso suporte (pacer), pois sem eles seria impossível cumprir o desafio e só depois nossa premiação. Quando vi a premiação do meu apoio ainda tentando acreditar em meu tempo, não sabia se me emocionava mais em ver a alegria no rosto da Claudia, Beto e Noboru, quando estavam recebendo suas medalhas ou no maravilhoso tempo conquistado, claro que é um todo, pois todos nós cumprimos nossa missão e se não fosse o empenho de cada um nunca conseguiria tal feito.
Obrigado a meu novo amigo Noboru, meu irmão, amigo e companheiro Beto e minha querida e amada esposa Claudia.
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