terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Vamos enfrentar mais um desafio extremo!


No último dia do ano de 2013, após as inúmeras reflexões em vários setores do dia a dia, chegou a vez de analisar as intensas e apaixonantes ULTRAMARATONAS. Passando uma por uma, é impossível não dar uma atenção especial a temida Brazil 135 Ultramarathon, especialmente por estarmos aproximadamente a 20 dias da edição de 2014. A pergunta que paira em minha mente é o “por que participar de um desafio tão difícil e extremo como a BR?” Certamente essa pergunta deve estar presente dentro das cabeças daqueles que nunca encararam um desafio parecido como este, mas quem já se aventurou nas intermináveis e inclinadas subidas e descidas do percurso, tem o argumento na ponta da língua. Alguns anos atrás, uma renomada revista de corrida, publicou uma matéria em uma de suas edições, destacando que a grande motivação de um atleta de ultramaratona em realizar tais provas, em sua maioria, para mostrar que era melhor que os outros corredores de provas mais curtas, dando a entender, que em resumo, o objetivo era massagear o ego. Vale destacar que o responsável pela matéria se intitula “ultramaratonista”. Mas analisando minha experiência, como um todo na Brazil 135 deste ano, lembrando de cada fato ocorrido, cada adversidade superada, conclui que a amizade é o sentimento mais presente em tal esporte. Após muitos problemas físicos, onde fui consumido aproximadamente por 7 horas por terríveis câimbras, inúmeros atletas interrompiam suas provas, para de alguma forma tentar me ajudar, seja com ajudas técnicas, experiências próprias ou simplesmente, para desejar boa sorte. O percurso da Br, em sua grande maioria, é devastador para as pernas dos atletas. A somatória das subidas e descidas intermináveis, nos incríveis 217 km, são temperados pelo piso difícil de ser percorrido, em estradas de terra, com muitos buracos e pedras, castigando qualquer musculatura. Antes de participar da prova, acompanhando em anos anteriores os carros de apoio de outros atletas, tinha a ilusão de que era possível subir as “rampas intermináveis” correndo. Mas ao participar do desafio, percebi que subir correndo tais subidas era tarefa para poucos, ao menos não seria rotina na corrida daqueles que pretendiam completar a prova. Independente do objetivo de qualquer um que se dispõe a participar da prova, administrar o desgaste físico acaba sendo uma regra para chegar ao fim da corrida. Chega um momento, em que não pensar nas dificuldades que chegarão a frente, concentrando-se apenas em dar um passo após o outro é a melhor forma de seguir em frente.  De qualquer forma, seja o qual for o motivo de estar presente na Brazil 135 Ultramarathon, uma coisa todo atleta vai precisar, superar a si mesmo, em grande parte dos intermináveis 217 km, da prova mais difícil em solo brasileiro. Que Deus proteja a todos que estarão presentes nesse intenso desafio. Nos próximos dias, uma ficha será postada de alguns atletas que vão enfrentar a prova.